Recomendações 60

Noah Gundersen

A excitação de encontrar artistas que ainda não se conhece e sentir aquele êxtase. Aconteceu há muito pouco tempo novamente. E é inigualável. Este rapaz - Noah Gundersen – é um compositor fantástico e tem dois EP verdadeiramente deliciosos. De uma pureza muito atípica. Recomendo.




[Family, Noah Gundersen, Family, 2011]


[David, Noah Gundersen, Family, 2011]


Obrigada C! Nunca teria encontrado o Noah de outro modo.

Pensamentos líquidos 109

Os 100 melhores livros de sempre

Quando era mais nova, sentia por vezes uma angústia enorme ao consciencializar que, por escassez de tempo, nunca poderia ler todos os livros que quisesse. A angústia foi-se dissipando, mas penso frequentemente que posso estar a deixar escapar livros importantes. E, por isso, de tempos a tempos, olho novamente para a lista de prémios Nobel ou pesquiso listas de melhores livros de sempre. Acabo, quase sempre, ligeiramente desiludida porque as listas não me agradam.


Todavia, não há muito tempo, encontrei uma lista dos 100 melhores livros de sempre, elaborada pelo The Guardiam em 2002.


Esta lista é relativamente especial porque não é limitada em períodos ou línguas e foi preparada a partir da opinião de escritores de todo o mundo. E, numa perspectiva mais egoísta, porque contém vários autores e títulos que estariam na minha lista pessoal. Desde logo, tem vários romances de Dostoyevsky, de entre os quais “O idiota”, um dos meus livros de eleição. De entre os russos, apresenta ainda Tolstoy, Gogol e Tchékov. Não negligencia Ulisses, de James Joyce, por muitos considerado o melhor livro de todos os tempos e uma lacuna pessoal. Ainda Stendhal, Proust, Camus, entre outros franceses; Jorge Luis Borges, Gabriel Garcia Marquez; Edgar Allen Poe, Hemingway, Walt Whitman; Thomas Mann; Kafka; Shakespeare; Cervantes; Homero, Virgilio…


Sim, muitos destes nomes chamam muito a atenção. Chamam muito também a minha atenção. Mas talvez o que tornou a lista ainda mais especial, foi um nome em particular, que não costuma constar de listas assim. E esse nome é Pessoa, um dos meus poetas preferidos. A obra em causa é o Livro do Desassossego, na verdade assinado pelo semi-heterónimo Bernardo Soares, e segundo alguns, parcialmente escrito por Pessoa ortónimo. Infelizmente, nunca escrevi realmente sobre o Livro do Desassossego, nada mais do que isto. E culpo-me.

Mas, acima de tudo, o importante é que Fernando Pessoa está na lista. Ele foi/é um escritor fantástico e vê-lo numa listas destas deixa-me regozijar de contentamento.


O reconhecimento deveria ser só uma justa consequência.

Recomendações 59

Californication

Just a flavour




[Californication, excerpts from season 3]

Trivialidades 234

Climbing up the walls...

Trivialidades 233

Sonhos

O que é que significa mesmo sonhar com uma bebé recém-nascida que fala e tem uma tatuagem?

Homenagens 59

Ludwig van Beethoven

Acho que me tinha esquecido como o segundo andamento da 7ª Sinfonia de Beethoven é lindíssimo.




Beethoven, Allegretto, 2º andamento, 7ª Sinfonia, 1811-12

Apontamentos fugazes 198

Literature

«But what can a man who wrote literature all his life do? How can he escape the arcana of style? How, with what instruments, can you cloak the page with a pure confession, freed from the prison cell of artistic convention? Let me collect myself and have the courage to admit it: you can’t. I’ve known this from the beginning but, in my cornered animal cunning, I concealed my game, my stake, my bet from your gaze. Because, finally, I staked my life on literature. (…) But there is a place in the world where the impossible is possible, namely in fiction, that is, literature. (…) But then I, too, am a character, and I can’t stop myself from bursting with joy. Because characters never die, they live each time their world is “read”. (…) Thus, my wager and my hope.»


Mircea Cărtărescu, «Nostalgia», New Directions 2005, p. 22

Recomendações 58

The Black Keys



[Oceans and Streams, do álbum Attack and Release, The Black Keys, live]

Trivialidades 231

Lembrete

Deixar de andar na rua a pensar nas coisas que acontecem: é que não é fácil as pessoas perceberem por que é que alguém ri sozinha, canta sozinha, se entristece sozinha ou faz caretas quando não há crianças à volta…