Apontamentos fugazes 134

Stalking?

“When we first split up, he called me a stalker, but that’s like and emotive word, ‘stalker’, isn’t it? I don’t think you can call it stalking when it’s just phone calls and letters and emails and knocking on the door. And I only turned up at his work twice. Three times, if you count his Christmas party, which I don’t, because he said he was going to take me anyway. Stalking is when you follow them to the shops and on holiday and all that, isn’t it? Well, I never went near any shops. And anyway, I didn’t think it was stalking when someone owed you an explanation. Being owed an explanation is like being owed money, and not just a fiver, either.”

Jess in «A long way down», Nick Hornby, Penguin, pp. 6

Recomendações 34

A long way down, Nick Hornby

Uma recomendação de olhos fechados, mas depois de ler o livro. Já sabem que eu não sou a maior fã de livros de histórias, mas este é um excelente livro de história. Witty, clever, lovely. Na contracapa, aparece um comentário que escrevem ser do Johnny Depp. Assumindo que é, ele tem razão. «Masterful… some of the finest writing – and some of the most outstanding characters – I’ve ever had the pleasure of reading.»
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Pensamentos líquidos 95

Respeito pela não religião

Quando comecei a pensar neste post, deparei-me com uma dificuldade inicial tremenda em dar-lhe um nome que fosse suficientemente bom. E então comecei a escrever sobre o assunto… e quanto mais escrevia mais convencida ficava que o que escrevia não era suficientemente bom para o discurso que queria postar. E então decidi não escrever mais. Digo-vos só isto: a discussão da liberdade de escolha e prática de uma religião só faz sentido se tiver subjacente a possibilidade de escolher não professar religião alguma. Mas se para mim isto é muito linear e adquirido, não o é nos Estados Unidos. E para ser sincera em muitos outros sítios. Por isso ouvir este discurso do Obama foi… incrível. Incrível no melhor sentido possível.



[Obama´s speech on how principles, but not religion, should tailor politics]

Obrigada F. pela dica.
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Trivialidades 171

Schnitzel

«Alguém quer provar a minha Schnitzel?»

[Comentário perdido numa conversa e encontrado aqui. Para ti, J.]
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Trivialidades 170

Bloke

Vocês acreditam que agora, por causa do meu apelido (Mateus), no sítio onde trabalho e quem não me conhece pensa que eu sou um homem alemão. Como se as piadas com o Rosé já não fossem suficientes.
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Trivialidades 169

Helpdesk

Gosto tanto do service desk que tenho agora que às vezes penso em ligar para lá mesmo quando não tenho problemas.
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Apontamentos fugazes 133

‑ Então e como é que te vou reconhecer? Eu vou ter uma rosa na mão.
‑ Eu vou estar espalhada pelo chão.
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Homenagens 46

Queen’s tribute




[Love of my life, Wembley 86]



[Who wants to live forever]



[Don’t stop me now]



[Those are the days of my life]

Trivialidades 168

Sabem aquela pessoa que eu conheço?

Essa pessoa que eu conheço e a quem costumam acontecer coisas. Desta vez, essa pessoa deixou em cima da secretária, no sítio onde trabalha e onde trabalham algumas pessoas que falam português, uma notinha para ela própria. E a notinha dizia

“Coisas para escrever
‑ L’histoire d’O: breaking the boundaries of what is conventional
‑ O conceito de sado-masoquismo sem ser um fetiche
‑ O não conceito de sadismo e de masoquismo”

Não sei o que acham, mas eu acho que esta pessoa vai ter sucesso aqui. Quero dizer, no sítio onde trabalha.
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Apontamentos fugazes 132

Romeu e Julieta

Só uma coisa boa saiu de nós: percebi finalmente o Romeu e Julieta. Não é só uma história em que, como eu achava, eles estupidamente se matam no fim: é uma história em que eles atingem a maior intensidade no fim – acreditam no que existe entre eles e confiam um no outro. E esse é o final mais perfeito que pode existir.

Aquele que nunca vou poder ter.
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Glimpse 13

Sonniges Ostern Wochenende II





[Heidelberg]

Apontamentos fugazes 131

Iron branding

You have iron branded me fully. Even my mind is marked.

I can no longer sleep.
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Glimpse 12

[Mainz]




[Wiesbaden]

Apontamentos fugazes 130

About love

Larita ‑ You should have loved me more.
John ‑ I couldn’t have loved you more.
Larita ‑ You should have loved me better.

(...)

Larita addressing John – You don’t know what love is. You have no idea what it means to love someone so much that you would do anything for them, even inject them with poison when they’re too feeble to do it for themselves. I don’t believe that you could have ever loved me like that.

Excerpts from Easy virtue, 2008

Apontamentos fugazes 129

Flourishing poetry

Não só me sabe muito bem ler que a poesia continua a ter adeptos, como acima de tudo me alegra saber que continua a ter escritores.
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Contos 24

Ciclo M – O cheiro

Foi o cheiro perdido no ar anónimo que te trouxe de volta a mim. Cheiro indecente. Trouxe a tua pele branca, a textura nem sempre suave. Trouxe o toque. O toque, o nosso maior meio de comunicação que já não há. Trouxe-te a ti. Cheiro indecente. Trouxe a ponta dos meus dedos nos teus braços e as lágrimas nas comportas dos meus olhos. Eu era só há três minutos de paz. Há talvez durante um dia uma hora em que não me destróis. E o cheiro indecente logrou-me os três minutes de paz. O resto do dia com ele. Agora existes em todo o lado: és a minha omnipresença dolorosa. És o peso que me lança ao chão e me puxa até eu desistir. Já debaixo, submersa, és a corrente que me mantém lá inerte, só com as lágrimas nas comportas dos meus olhos. Tenho pálpebras de ferro. Cheiro indecente. É um cheiro invasivo que me abre buracos na carne. Trouxe-nos e já não existimos. Eu sou uma marioneta idiota e tu…? É o cheiro que me diz o que já não tenho. É o cheiro indecente que passa diante dos meus olhos e me mostra o que nunca mais vou poder ter.

Hoje foi este cheiro: 7.23 da manhã. Todos os dias uma coisa diferente. Este cheiro que te trouxe e te espetou no meu corpo. Com a intensidade do que isto era. Intensidade ubíqua que sai do meu estômago. E sangra. Cheiro indecente que ignora os meus apelos de misericórdia. Estocada de hoje.

Apaga-te de mim.
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Apontamentos fugazes 128

Sobre o meu sentido de justice e o significado das palavras

«Rules must be binding. Violations must be punished. Words must mean something. »

[Obama's Prague speech, completely taken out of context, but even so…]
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Apontamentos fugazes 127

Overwhelming


[Barack Obama’s speech in Prague, 05 April 2009]

Apontamentos fugazes 126

Silêncio

«Talvez o que seja mais diferente aqui é o silêncio porque quase não tem sons lá dentro.»

António Lobo Antunes, «O arquipélago da insónia», Dom Quixote, pp. 131

Trivialidades 167

Peripécias em trânsito

Conheço alguém a quem acontecem coisas. Com frequência. Coisas como tirar a mala de mão do compartimento do avião e bater violentamente com a mala na cara. Coisas como abrir as outras malas quando chega a casa e ver tudo baldeado e em desalinho. Coisas como ficar sem uma roda de um dos 3 trolleys que transportava. Simultaneamente.

Acontecem episódios destes a esta pessoa.

Mas como se isso não fosse suficiente. Num dia importante, essa pessoa quis mostrar-se digna, discreta, “problem-free”; não interessa que o não fosse. E tentou. Tentou arduamente. Mas o que é que aconteceu. Enquanto abria uma garrafa de água (com gás), num evento social, a garrafa escorregou, embateu no chão e “espichou” para onde? Para onde? Para o meio das pernas dessa pessoa. Que estava de saia.

Acontecem episódios destes a esta pessoa.

Episódios frequentes como cair. Não. Estatelar-se no chão. Essa pessoa que eu conheço estatelou-se hoje no chão. Foi só mais uma vez. Em frente a pessoas que a conhecem há pouco tempo e a pensavam credível. Estatelou-se no chão.

De saia.
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Trivialidades 166

Toni nu?

Aparentemente, o Luca Toni “ameaçou correr nu” caso o Bayern ganhe a Liga dos Campeões. Thank goodness. Já viram se fosse o Sagnol?
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