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Recomendações 85


Para colocar alguns filmes em Watchlist. 

Recomendações 79

While we’re young



While we’re young, Noah Baumbach

Recomendações 78

Je suis à vous tout de suite”, quando também a tolerância leva ao excesso

Todos nós recorremos a mecanismos de compensação para lidar com dificuldades. Alguns destes mecanismos são mais saudáveis do que outros, mas a necessidade deles é quase inexorável. 
A sequência natural da identidade humana é que estes mecanismos de compensação sejam únicos, ainda que frequentemente categorizáveis. Em “Je suis à vous tout de suite”, Baya Kasmi explora estes mecanismos na busca da identidade, numa comédia dramática provocadora. 
Há duas dimensões particularmente fascinantes no filme de Baya. A primeira está relacionada com o isolamento dos fatores sociais no desenvolvimento da personalidade. Ela mostra como, não obstante a importância do meio em que cada indivíduo se insere, as características individuais são determinantes para a constituição da sua personalidade. E mostra isto ao sujeitar dois irmãos, que vivem na mesma família, ao mesmo choque. A segunda alicerça-se na procura destes mecanismos de compensação, que acabam por ser relativamente perniciosos, num contexto de imensa tolerância. Mesmo numa família imensamente tolerante em que nada era repudiado, houve também a necessidade de procurar mecanismos de compensação extremos. 
O filme de Baya é terrivelmente complexo e parece querer conter mais do que poderia caber num filme comum. Mas dificilmente poderia ser mais verosímil. Também a vida não é organizada em pequenos compartimentos para podermos gerir cada bocadinho com tempo e em isolamento. A vida é multidimensional a cada segundo. Enquanto alguém sofre, outro ri. Enquanto alguém rejubila, outro definha.
Tenho, porém, que confessar que senti algum desconforto durante o filme. Há um pudor que não consigo afastar quando se mistura comédia num contexto de extrema dor. Mas haverá algo mais realista?
Enquanto alguém sofre, outro ri. Enquanto alguém sofre, pode também rir, exatamente como mecanismo de compensação. E eu não tenho o direito de o criticar.
Sim, vejam o filme. E fiquem a pensar sobre ele durante vários dias. Há muito em que pensar.



Je suis a vous tout de suite, de Baya Kasmi

Recomendações 77

Festa do cinema francês

Podem consultar o cartaz aqui

Recomendações 74

Ex-machina, realizado e escrito por Alex Garland

Recomendações 73

Interstellar, realizado por Christopher Nolan


Homenagens 68

Boyhood, de Richard Linklater

Há muitos filmes. Há alguns que são verdadeiramente bons e verdadeiramente importantes. Mas Boyhood é uma obra-prima. É um épico da condição humana moderna. Que não se coibe de esmiuçar, com uma elegência de um filme francês bom, mas com a intensidade de um filme espanhol, todas as dificuldades e desafios do percurso de cada vida humana. Para chegar à conclusão desarmante de nada ser mais do que uma coleção dos momentos, alguns especiais, mas que fica sempre aquém.

«I thought there would be more.»

Homenagens 65

The hours, by Stephen Daldry


Gostei tanto deste filme…

Recomendações 71

Disconnect, by Henry Alex Rubin



Um filme sobre dificuldade de comunicação, inclusivamente a mais primária, a de aceitação das conclusões próprias.

Recomendações 70

Shelter, by Jonah Markowitz

Trivialidades 241


Ainda a propósito de Les Misérables

Estou convencida que retiraram os vídeos do 25º aniversário de Les Misérables, na O2 Arena, para as pessoas não poderem comparar com o filme. É que a direção e a direção musical do filme são miseráveis.


[One Day More, encore, 25º aniversário de Les Misérables]

Trivialidades 240


A propósito de ver Les Misérables na Alemanha

Um filme cantado em inglês (original) e dobrado em alemão nas partes faladas. É difícil conceber coisa mais idiota em termos artísticos. A quem é que se pode apresentar uma queixa?

Homenagens 62


Berlinale. 

Aonde eu gostaria de estar agora.

Recomendações 65


Django Unchained


Django Unchained’s trailer, movie by Quentin Tarantino

Recomendações 62

The Help


Life is just not fair.

We all know it and yet, one way or the other, we all have hope. And, as I wrote before, hope is just the great deceiver.

The Help is a movie about life, in all its unfairness. It's a movie about coping with the outcomes of things one cannot control. And yet one always seems to somehow try to make a bit of a difference. To somehow try to have it a bit better. But it is also a movie about courage; about those who dare, even if in danger.

Yes, The Help is a movie about unfairness, hope and courage. But it is also a movie about rage. It reminds me of the anger I feel when reading the Russian authors depicting the Russian society in the 19 century. Though it is about the American society in the 60's. But this anger of recognising how people can be so cruel to each other persists. This is why The Help is also a movie about today. How, in one way or the other, people are always so cruel to each other.

The Help is not a superb movie, but I would most advise people to watch it because it shakes up the insides. And that's important, because maybe only non-violent rage can change things...




[The help, D. Tate Taylor]

Recomendações 61

Melancholia - o filme das inevitabilidades

Vejo Melancholia como um filme de inevitabilidades, mas não como um filme de clichés. E há um grande diferença entre os dois conceitos.

Melancholia é um filme que explora sentimentos individuais, em particular, a dor e o egoísmo de uma forma brilhante. Mas que os aceita como quase inevitáveis. Há quem magoe porque quer, há quem magoe porque é egoísta, há quem magoe porque não sabe fazer melhor... Mas há sempre quem magoa. E há também quem é magoado e que acaba por magoar outros. E há a dor, sempre a dor.

E é também o filme que analisa a reacção dos indivíduos à inevitabilidade. Desde logo, à inevitabilidade de os outros esperarem algo de cada um de nós. Mas também a reacção do indivíduo à inevitabilidade de algo maior, de algo incontornável. Há aqueles que aceitam, há aqueles que desistem e há aqueles que, apesar de saberem a inevitabilidade, decidem lutar.

Mas Melancholia não é um filme para todos os dias. É que enche o ar de uma densidade que assusta. E, ainda assim, é um filme over-rated.


[Melancholia, Lars von Trier]

Recomendações 56

Another year

One of the best movies of 2010. Mike Leigh exquisitely portrays the life of a loving, happy family, contrasting with the lives of the family’s shattered friends. Their friends are just ordinary people that try to find some little solace and companionship for their grief.
And while in their twenties, this search is almost charming, free-spirited; it is utterly heartbreaking as time passes by, as they desperately hunger for something, for someone that makes some sense. Just someone to talk to… And no one comes. And all there is, is solitude, hidden behind whatever may bring some relief or forgetfulness.

Life is not always kind, is it?






[Another year, Mike Leigh, 2010]

Recomendações 55

Les chansons d’amour – Christophe Honoré

"Aime moi moins, mais aime moi longtemps."



Louis Garrel – Ma mémoire sale

Recomendações 53

In the mood for love – Wong Kar Wai

Recomendações 49

Away we go

Um filme daqueles que me agrada. Sem estardalhaços a ofuscar o importante: as discussões de duas pessoas com dúvidas, num filme que explora o não óbvio: uma relação que corre bem.



Away we go (2009), by Sam Mendes
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