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Melancholia - o filme das inevitabilidades

Vejo Melancholia como um filme de inevitabilidades, mas não como um filme de clichés. E há um grande diferença entre os dois conceitos.

Melancholia é um filme que explora sentimentos individuais, em particular, a dor e o egoísmo de uma forma brilhante. Mas que os aceita como quase inevitáveis. Há quem magoe porque quer, há quem magoe porque é egoísta, há quem magoe porque não sabe fazer melhor... Mas há sempre quem magoa. E há também quem é magoado e que acaba por magoar outros. E há a dor, sempre a dor.

E é também o filme que analisa a reacção dos indivíduos à inevitabilidade. Desde logo, à inevitabilidade de os outros esperarem algo de cada um de nós. Mas também a reacção do indivíduo à inevitabilidade de algo maior, de algo incontornável. Há aqueles que aceitam, há aqueles que desistem e há aqueles que, apesar de saberem a inevitabilidade, decidem lutar.

Mas Melancholia não é um filme para todos os dias. É que enche o ar de uma densidade que assusta. E, ainda assim, é um filme over-rated.


[Melancholia, Lars von Trier]

Poemas 43

Awareness

I don’t know if you are aware
but I feel in total, deep despair
my lungs are running out of air
and I haven’t the strength to dare.

I have tried to tell someone
how my blood is getting thick
how my body is turning sick
and no action ever done.

I have tried quite sadly
but it’s always the same anguish
like escaping from an ambush...

So, I need to get rid of the evidence
that lingered of this happenstance
of needing you so badly.

[Novembro de 2004]

Melhores temas de sempre 9

Nocturno op. 27, no. 2 – Chopin





[Por Nikolai Lugansky]

Apontamentos fugazes 199

I’ve been thinking about you

So how can you sleep?





[Thinking about you, Pablo Honey, Radiohead]