Lilac wine
“Written by James Shelton (words and music) in 1950. It was introduced by Hope Foye in the short-lived theater musical revue Dance Me a Song.”
[Infelizmente, não consegui encontrar uma gravação do original.]
Versão de Jeff Buckley
Lilac wine
“Written by James Shelton (words and music) in 1950. It was introduced by Hope Foye in the short-lived theater musical revue Dance Me a Song.”
[Infelizmente, não consegui encontrar uma gravação do original.]
Versão de Jeff Buckley
Amor
«Não havia comida para bebés em Malanje e a nossa filha tornou a Portugal magra e pálida, com a cor amarelada dos brancos de Angola, ferrugenta de febre, um ano a dormir em cama de bordão de palmeira junto das nossas camas de quartel, estava a fazer uma autópsia ao ar livre por via do cheiro quando me chamaram porque desmaiaras, encontrei-te exausta numa cadeira feita de tábuas de barrica, fechei a porta, acocorei-me a chorar ao pé de ti repetindo Até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, certo da certeza de que nada nos podia separar, como uma onda para a praia na tua direcção vai o meu corpo, exclamou o Neruda e era assim connosco, e é assim comigo só que não sou capaz de to dizer ou digo-to se não estás, digo-to sozinho tonto do amor que te tenho, demais nos ferimos, nos magoámos, nos tentámos matar dentro de cada um, e apesar disso, subterrânea e imensa, a onda continua e como para a praia na tua direcção o trigo do meu corpo se inclina, espigas de dedos que te buscam, tentam tocar-te, se prendem na tua pele com força de unhas, as tuas pernas estreitas apertam-me a cintura, subo a escada, bato ao trinco, entro, o colchão conhece ainda o jeito do meu sono, penduro a roupa na cadeira, como uma onda para a praia como uma onda para a praia como uma onda para a praia na tua direcção vai o meu corpo.»
«Talvez mesmo, meu amor, que compre uma tapeçaria de tigres como a do Senhor Ferreira: podes achar idiota mas preciso de qualquer coisa que me ajude a existir.»
António Lobo Antunes, «Memória de elefante», edição comemorativa 1979-2009 D. Quixote 2009, pp. 92 e 156
Externalidades positivas dos Pearl Jam
Já cheguei a escrever sobre os motivos pelos quais as artes devem ser subsidiadas. Em termos muitos simples, uma solução natural de mercado tende a providenciar quantidades sub-óptimas de arte, uma vez que não internaliza fenómenos como as externalidades.
Ora, eu nem quero falar muito tecnicamente sobre isto agora. Mas posso afiançar-vos. Hoje, o meu empregador usufruiu de externalidades positivas criadas pela música dos Pearl Jam; externalidades essas pelas quais naturalmente não pagou. Não fossem eles e teria vindo para casa a meio do dia com um nó irresolúvel, gigante na cabeça.
Names and adjectives
Katharine: l wanted to meet the man who could write a long paper with so few adjectives.
Almasy: Well, a thing is still a thing, no matter what you place in front of it.Big car, slow car, chauffeur-driven car.
Madox: Broken car.
Almasy: lt’s still a car.
Geoffrey Clifton: Not much use, though.
Katharine: Love ? Romantic love, plutonic love, filial love. Quite different things, surely.
Geoffrey Clifton: Uxoriousness. That’s my favourite kind of love. Excessive love of one’s wife.
Almasy: Now there you have me.
[From the English Patient, d. Anthony Minghella]
So, a broken car is still a car. And I say, a charming asshole is still an asshole.