Muse, em rescaldo do concerto desta semana
Eu costumo dizer que vivo para momentos como os que degustei na 2ª feira passada, no concerto dos Muse, em Lisboa. Julgo que quase ninguém me leva a sério. Mas é uma afirmação tão verdadeira quanto uma afirmação pode ser.
Há uma intensidade e verdade na arte, e na música em particular, impossível de encontrar em qualquer outra coisa. E é isso que os Muse me dão nos álbuns e é isso que os Muse me dão em concerto.
Já escrevi várias vezes sobre Muse, e umas quantas vezes sobre os seus concertos: aqui e aqui, mas quero escrever novamente. Há coisas que são especiais porque existindo para muitos, existem mais para nós próprios porque nos permitem ultrapassar as fronteiras individuais de possibilidades. E nos concertos dos Muse, às vezes, ultrapasso essas fronteiras ultrajantes. Porque eles me permitem cantar com eles aquilo que está tão preso cá dentro, e durante esses momentos, há algo humanamente transcendente que acontece. Há liberdade.
Por isso, sim, cantei a plenos pulmões, enquanto saltava pulos que pareciam saídos de um mega trampolim, a pensar como impedir que o mundo continue indiferente ao horror da inconsciência:
Love, it will get you nowhere
You're on your own
Lost in the wild
So come to me now
I could use someone like you
Someone who'll kill on my command
And asks no questions
E ironicamente gritei
I’m gonna make you
a fucking psycho
Drones and Psycho, Muse Drones Tour, Lisboa, maio de 2016
mas acabámos, todos, em uníssono, a dizer
No one's gonna take me alive
The time has come to make things right
You and I must fight for our rights
You and I must fight to survive
Knights of Cydonia, Muse Drones Tour, Lisboa, maio de 2016
And damn, if I won’t fight…
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