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... um concerto dos Muse

Quando soube mais definitivamente que vinha para Londres, por dois meses, o que mais me custou foi falhar o concerto dos Muse em Lisboa e ter que vender o meu bilhete. Quando cheguei cá, percebi que a tournée do Reino Unido estava, inevitavelmente, esgotada. Durante semanas e semanas procurei bilhetes. Licitei e licitei no ebay, bilhetes para Manchester, para Birmingham. Consegui, finalmente, vencer um dos leilões para um bilhete para a Wembley Arena, no concerto que fechava a tournée do Reino Unido. O concerto foi ontem. E valeu todos os pences do bilhete e todas as horas no ebay.

Ontem estava excitadíssima. Saí cedo, em direcção à Wembley Arena, para ficar o mais à frente possível: para mim ficar à frente não tem só o significado normal de ficar à frente – quando não se é muito alta, se não se ficar relativamente à frente, não se vê concertos, ouve-se… ora, lá consegui ficar relativamente à frente.

Mas quem fica à frente tem que estar preparado para a movimentação que lá se passa. E eu até estava. Mas consegui, qual pontaria certeira, ficar no meio da cena hardcore do mosh. O que, por mim, até está bem, até acho graça. Mas normalmente acho graça quando ainda consigo respirar e, para ser sincera, desde que os Muse entraram em palco até ao final da primeira música, não me lembro de respirar. Durante mais algum tempo, também foi muito ocasional ter os pés no chão; não tanto por eu estar a saltar, mas por todas as outras pessoas o estarem a fazer. Teve um aspecto muito positivo, durante algum tempo, senti-me realmente magra: só uma palhinha caberia nos sítios por onde andei. Tudo bem, sobrevivi à coisa (com roupa, mala e máquina fotográfica, o que, digo-vos, é um facto do qual me orgulho) e lá tentei desviar-me ligeiramente do centro hardcore. Entretanto perdi os meus amigos circunstanciais de concerto.

Olhem aqui o Matthew… fica-lhe bem o vermelho!




E o Dominic… Todo jeitoso de branquinho…


E o Chris, of course, elegant, e... num momento de raiva


Agora mais a sério. O concerto foi fantástico. O alinhamento foi bom, ainda que sem haver clímaxes. Tudo esteve sempre lá em cima! Inverteram o início e fim do álbum, ao abrirem o concerto com o Knights of Cydonia e terminarem com o Take a Bow. No meio, tocaram quase todos os temas do Black Holes and Revelations e não se esqueceram dos álbuns anteriores, ao interpretar músicas como o Plug-in Baby, o Butterflies and Hurricanes ou o Newborn.

Pode ser impressão minha, mas acho que o concerto foi pequenino. Não chegou às duas horas! ;-)

Deixo-vos o Knights of Cydonia. Lembrem-se que estou algures na crowd lá em baixo, assim, pertinho do palco. And I’m having a hell of a time.

Se puderem ver os Muse ao vivo, não percam, eles são demasiado bons.

2 comentários:

daniel disse...

Huuumm, se calhar não devia ter vendido o meu bilhete para o Campo Pequeno. Arranjava uns amigos circunstanciais e, do alto do meu metro e setenta, até me orientava

Anónimo disse...

Pois! Alguém deve ter desfrutado do meu bilhete e eu só posso ver as fotos e os videos... é frustrante. Mas para compensar, o fato vermelho diluí isso tudo...