Vício
Sei que jamais te direi o que pensei,
sei que és uma ténue imagem que não vi,
sei que esta é uma mágoa passada em que chorei,
mas não consigo deixar de pensar em ti.
Sei que a minha intensidade te assusta,
sei que sou excessiva neste querer que não te digo,
sei que esta dor é prematura e talvez justa,
mas este sentimento é um “dejà vu” de um filme antigo.
Sei que não me queres mas já me engano,
sei que estás longe e não te lembras do meu sorriso,
sei que vives alheio ao meu pérfido engano,
mas a tua presença é um vício de que preciso.
Sei que não pensas em mim neste momento,
sei que não sentirias saudade da minha existência,
sei que o meu toque é um medo violento,
mas não consigo calar a tristeza que chora na tua ausência.
Sei tão pouco e já me esforço por esquecer
porque o que sei é uma dor viciada em sofrer.
Poemas 11
[Dezembro de 2001]
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