Sem título
Não sei se já vos falei da minha teoria da compatibilidade…provavelmente não. Mas parte da teoria assenta no conceito de cumplicidade, de partilha; assenta na sensação de similitude. Aplico a minha teoria da compatibilidade a relações de tipo íntimo, “amoroso”, mas as componentes relacionadas com a cumplicidade são aplicáveis a todo o tipo de relações. Defendo, por exemplo, que os melhores amigos são aqueles que se compreendem porque são parecidos. E defendo também que apreciamos mais os artistas com quem partilhamos mais características. E é aqui que entra o Sá Carneiro. É o meu poeta preferido. Porque o percebo. Melhor, tenho a veleidade de o perceber.
E porquê?
Porque eu conheço a angústia de Sá Carneiro e ele conheceu a minha mesmo sem saber isso. Conheceu-a porque a experimentou. Mesmo sem saber quem eu sou. Por isso, de cada vez que penso em ler Sá Carneiro sinto medo. Mas quando o leio, fico cheia de certezas. Certeza, que se escrevesse assim, largava já tudo o que não gosto e escreveria para viver (e claro, viveria miseravelmente). Certeza que as pessoas mais interessantes para mim sentem sempre uma desadequação com a maneira normal de viver. Mas acima de todas, a certeza de que mesmo com medo, mesmo com dor, há poucas coisas que façam tanto por mim como a poesia de Sá Carneiro. E como as pessoas que ma oferecem.
Obrigada.
Não sei se já vos falei da minha teoria da compatibilidade…provavelmente não. Mas parte da teoria assenta no conceito de cumplicidade, de partilha; assenta na sensação de similitude. Aplico a minha teoria da compatibilidade a relações de tipo íntimo, “amoroso”, mas as componentes relacionadas com a cumplicidade são aplicáveis a todo o tipo de relações. Defendo, por exemplo, que os melhores amigos são aqueles que se compreendem porque são parecidos. E defendo também que apreciamos mais os artistas com quem partilhamos mais características. E é aqui que entra o Sá Carneiro. É o meu poeta preferido. Porque o percebo. Melhor, tenho a veleidade de o perceber.
E porquê?
Porque eu conheço a angústia de Sá Carneiro e ele conheceu a minha mesmo sem saber isso. Conheceu-a porque a experimentou. Mesmo sem saber quem eu sou. Por isso, de cada vez que penso em ler Sá Carneiro sinto medo. Mas quando o leio, fico cheia de certezas. Certeza, que se escrevesse assim, largava já tudo o que não gosto e escreveria para viver (e claro, viveria miseravelmente). Certeza que as pessoas mais interessantes para mim sentem sempre uma desadequação com a maneira normal de viver. Mas acima de todas, a certeza de que mesmo com medo, mesmo com dor, há poucas coisas que façam tanto por mim como a poesia de Sá Carneiro. E como as pessoas que ma oferecem.
Obrigada.
a
1 comentário:
Só tenho a dizer:
=)
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