Realidade da ficção
«Esta história é real? Talvez vás pensar que o que te estou a contar aconteceu efectivamente. Mas esta história não corresponde à realidade mas sim à minha reconstrução da realidade, porque, a partir do momento em que é a minha memória que a reinterpreta, e põe e tira ao compasso dos seus caprichos, está história não é real, mas sim uma mera ficção literária. O hábito literário altera pormenores, intercala traços circunstanciais e modifica as ênfases, ou pelo menos foi isso que disse o escritor cego de que tu e eu tanto gostamos, e por isso penso que podes gozar o que lês sem te preocupares demasiado com a veracidade ou exactidão do narrado.»
«Esta história é real? Talvez vás pensar que o que te estou a contar aconteceu efectivamente. Mas esta história não corresponde à realidade mas sim à minha reconstrução da realidade, porque, a partir do momento em que é a minha memória que a reinterpreta, e põe e tira ao compasso dos seus caprichos, está história não é real, mas sim uma mera ficção literária. O hábito literário altera pormenores, intercala traços circunstanciais e modifica as ênfases, ou pelo menos foi isso que disse o escritor cego de que tu e eu tanto gostamos, e por isso penso que podes gozar o que lês sem te preocupares demasiado com a veracidade ou exactidão do narrado.»
Lucía Etxebarría, «Uma história de amor como outra qualquer», Editorial Notícias, pp.187
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