Trivialidades 3

Sobre as gaffes

Mudei de casa. Ainda não acertei com a fechadura da porta de entrada do prédio onde agora vivo. Aliás a fechadura ainda não acertou consigo própria. E é já a segunda que lá conheço. Ontem, ao tentar entrar no prédio, não consegui abrir a porta. Tudo bem, é aborrecido, mas tudo bem. Pior foi ter um rapaz que também queria entrar à espera que eu abrisse o raio da porta. Palavras circunstanciais adequadas pois, essa fechadura… levaram-me a perguntar, esperançosa, quer tentar? Ele, sem dúvida, muito agradável à vista, disse sim. Alguns segundos passados e a porta estava aberta.

Bolas, sou mesmo desajeitada com estas coisas. E impaciente. Mas tudo bem. Espreitei o correio e entrámos juntos no elevador. Ele coçava a orelha enquanto eu organizava as cartas recebidas… e quando paro no meu piso, primeiro do que ele, digo… até logo!. Só eu. Realmente só eu. Nunca tinha visto o rapaz antes. E digo-lhe, levianamente, à hora de jantar, “até logo”. Estranho é ele ter-me respondido com a mesma expressão. Mas realmente só eu. Ao terceiro dia na minha casa e meto a pata na poça com o rapaz giro do prédio.

Mas já prometi a mim própria ser, da próxima vez, muito mais discreta. Da próxima vez não passo do então, queres ir lá a casa logo à noite?

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