Nenhuma das palavras tem agora significado. Retirei-lhes todo o sabor, são todas minhas. Trinquei-as, esmaguei-lhes o volume, senti a seiva a escorrer na minha boca, a interagir com a minha saliva. Tenho o sabor a fluir-me no corpo; percorre-me as veias, estimula-me as sinapses. O texto é agora oco, tudo o resto compõe-me o corpo. É meu.
Desculpa. Roubei-te.
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