Cada existência é um evento de probabilidade nula
As pessoas constroem-se a cada instante. Cada um é um somatório maior do que a soma de todas as partes, porque o conjunto é uno. Há as razões antropológicas e há a genética e há a Terra e os astros e tudo, tudo o que nos rodeia. Há as pessoas que vimos, há aquelas com quem falámos, há aquelas que sabemos como nos marcaram e há aquelas que não sabemos porque nem sequer nos lembramos delas. Por isso cada um de nós é composto por um número incontável de acontecimentos de probabilidade quase nula. Porque escolhemos aquele café naquele dia do qual nos não lembramos e acabámos por perder todas as outras possibilidades infinitas para aquele dia. Porque lemos aquele livro naquela altura triste e tudo voltou a fazer sentido. Porque agora escrevo numa calma tranquila e estou só. Porque o agora é o resultado de um número de acontecimentos demasiado grande para poder ser possível, nós não somos possíveis para além da possibilidade de existirmos. E a magia dessa possibilidade é infindavelmente admirável.
As pessoas constroem-se a cada instante. Cada um é um somatório maior do que a soma de todas as partes, porque o conjunto é uno. Há as razões antropológicas e há a genética e há a Terra e os astros e tudo, tudo o que nos rodeia. Há as pessoas que vimos, há aquelas com quem falámos, há aquelas que sabemos como nos marcaram e há aquelas que não sabemos porque nem sequer nos lembramos delas. Por isso cada um de nós é composto por um número incontável de acontecimentos de probabilidade quase nula. Porque escolhemos aquele café naquele dia do qual nos não lembramos e acabámos por perder todas as outras possibilidades infinitas para aquele dia. Porque lemos aquele livro naquela altura triste e tudo voltou a fazer sentido. Porque agora escrevo numa calma tranquila e estou só. Porque o agora é o resultado de um número de acontecimentos demasiado grande para poder ser possível, nós não somos possíveis para além da possibilidade de existirmos. E a magia dessa possibilidade é infindavelmente admirável.
[repescado de pensamentos de 2004]
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