Egoísmo só
Na minha concha de narcisismo,
existo eu e pouco mais.
Angustiada, reconheço o egoísmo
de contemplar vizinhos corais.
No barco que passa por cima de mim
flutua um anzol, traiçoeiro fim.
De lodo e medo, eu vislumbro o chão
Que me puxa, ténue, suave tentação.
Só. Digo adeus ao que é feliz;
contágio provável, algo me diz.
Águas azuis de contundente dor.
Escondo. Minto. Mas procuro amor.
Vida que passa ao lado, por mim.
Concha fechada, abre por fim!
[Agosto de 2001]
Na minha concha de narcisismo,
existo eu e pouco mais.
Angustiada, reconheço o egoísmo
de contemplar vizinhos corais.
No barco que passa por cima de mim
flutua um anzol, traiçoeiro fim.
De lodo e medo, eu vislumbro o chão
Que me puxa, ténue, suave tentação.
Só. Digo adeus ao que é feliz;
contágio provável, algo me diz.
Águas azuis de contundente dor.
Escondo. Minto. Mas procuro amor.
Vida que passa ao lado, por mim.
Concha fechada, abre por fim!
[Agosto de 2001]
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